Nao me venha com meias palavras
com apologias ao amor
minha alma jaz enfastiada desse sabor
tao agridoce e vaporoso
tao picante e venenoso
Dulce
terça-feira, 29 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
Quem é voce
Quem é voce
que se esconde de mim e se oculta nas sombras
toda vez que eu passo?
Quem é voce
que ocupa minha mente e me faz redundante
toda vez que eu falo?
Quem é voce
que me deixa sem ar e me faz só ciume
pra depois ir embora?
Quem é voce
que passa apressado e faz do aroma
minha unica pista?
Deixa eu te ver
mergulhar nos seus olhos
abrir sua alma
e despir seu espirito
Deixa eu tocar
e sentir sua tez
e juntar essas pecas
desse quebra-cabecas
Deixa eu saber
que voce é sonho
e que juntos podemos
nos perder no infinito
Se mostre agora
sem espelhos
sem mascaras
Que eu vou te amar
só por ser quem já é
só por ser quem eu quero.
Dulce.
que se esconde de mim e se oculta nas sombras
toda vez que eu passo?
Quem é voce
que ocupa minha mente e me faz redundante
toda vez que eu falo?
Quem é voce
que me deixa sem ar e me faz só ciume
pra depois ir embora?
Quem é voce
que passa apressado e faz do aroma
minha unica pista?
Deixa eu te ver
mergulhar nos seus olhos
abrir sua alma
e despir seu espirito
Deixa eu tocar
e sentir sua tez
e juntar essas pecas
desse quebra-cabecas
Deixa eu saber
que voce é sonho
e que juntos podemos
nos perder no infinito
Se mostre agora
sem espelhos
sem mascaras
Que eu vou te amar
só por ser quem já é
só por ser quem eu quero.
Dulce.
domingo, 27 de março de 2011
Um dia minha amiga perguntou por que eu gostava dela
E eu não soube dar uma resposta que me agradasse
Voltei pra casa e fiquei pensando... e a verdade é que
Gosto de você porque você é um amor de pessoa,
Porque suas faces afogueadas logo de manha trazem riso aos meus lábios
Porque seus olhos esverdeados sorriem pra mim toda vez que eu os fito
E neles eu posso ver o céu as estrelas e os sonhos
Porque você é mistério; labirinto secreto, silencio.
Porque em você eu descubro tesouros há muito perdidos
E eu fico feliz toda vez que ela diz que me ama, e tantas outras coisas
Que nos faz filosofar sobre a vida e como as coisas são.
Seu coração é puro e por isso suas qualidades se evidenciam
Sempre consola suavemente quem precisa
Com palavras doces de que tudo ficará bem
Sua voz contralto aquece quando o sol parece se esconder
E o seu sorriso de lado, impreciso
Abres-se luz, de repente, quebrando o gelo
Queria poder mergulhar nos segredos de sua frágil alma
esquadrinhar cada cantinho escuro e secreto
e dizer,
viva, e não tenha medo de ser quem você é
seja e sinta.
As coisas se encaixarão.
Te admiro de tantas maneiras
E eu sei que você é muito mais do que isso
Não quero nunca esquecer o jeito dela.
Dulce.
sábado, 26 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Foi assim...
Voce chegou.
E sem avisar
Ocupou na minha vida um lugar
Fugíamos juntos
De tudo e de todos.
E era o bastante,
Pois tínhamos um ao outro
Só você e eu
Ao seu lado o ruidoso vento já não incomodava
E o sol já não castigava nossos corpos.
Era somente a brisa em sereno sussurro
E o suave toque da luz em nossos rostos
...e as horas corriam lépidas e desapercebidas
mas agora sem avisar você se foi.
E esqueceu que o lugar que uma vez ocupara
assim continuava.
O outono chegou, e minha vida virou o marrom
tal qual o das folhas jazidas no chão.
Secas, sem vida,
arrastadas impiedosamente pelo vento
de um lado para o outro
Desorientadas. Sem rumo.
Correntes trouxeram turbilhoes de pensamentos
que anuviaram minha mente
e tal qual o sol
cegaram-me quase que irremediavelmente.
Sob total inércia o inverno chegou, e passou.
Agora o gelo se derreteu
montanha abaixo.
E com ele as lembranças de um passado com voce
Você foi sem avisar,
Mas o lugar que uma vez ocupara
Já não estava mais lá.
Enfim, a primavera.
Dulce.
Voce chegou.
E sem avisar
Ocupou na minha vida um lugar
Fugíamos juntos
De tudo e de todos.
E era o bastante,
Pois tínhamos um ao outro
Só você e eu
Ao seu lado o ruidoso vento já não incomodava
E o sol já não castigava nossos corpos.
Era somente a brisa em sereno sussurro
E o suave toque da luz em nossos rostos
...e as horas corriam lépidas e desapercebidas
mas agora sem avisar você se foi.
E esqueceu que o lugar que uma vez ocupara
assim continuava.
O outono chegou, e minha vida virou o marrom
tal qual o das folhas jazidas no chão.
Secas, sem vida,
arrastadas impiedosamente pelo vento
de um lado para o outro
Desorientadas. Sem rumo.
Correntes trouxeram turbilhoes de pensamentos
que anuviaram minha mente
e tal qual o sol
cegaram-me quase que irremediavelmente.
Sob total inércia o inverno chegou, e passou.
Agora o gelo se derreteu
montanha abaixo.
E com ele as lembranças de um passado com voce
Você foi sem avisar,
Mas o lugar que uma vez ocupara
Já não estava mais lá.
Enfim, a primavera.
Dulce.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Nem sempre sou igual
"Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ..."
Alberto Caeiro
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ..."
Alberto Caeiro
domingo, 6 de março de 2011
Despertar é preciso
Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.
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