sábado, 28 de junho de 2008

Vida


Na dúvida da vida
No tempo da resposta
No sono do universo
No verso de um sono
No inverso do amor

Roma em versos

No destino da solidão
Adão sem a Eva
Ave sem asas
No vôo plano
No plano caça
No silencioso canto do quarto
Canto as palavras da carta

Jogo cartas sozinhoo

Espelho reflete
O espinho espeta minha ilusão
Caminho sem direção
Dirijo as cegas minha emoção

Conto o tempo passar
Passo o tempo a contar
O tempo conta os passos
Não saí do mesmo lugar
Para um novo tempo começar
Em único verso apostara
Resposta virá em seu tempo

Mas nessa vida um
Lamento cansei de procurar
Não sei onde estará se vier até mim
Que venha antes do caminhar
Se não em um sonho infinito
Minha alma vagará
Ouvindo os passos do universo em uma canção de ninar

Fecho os olhos de vagar
Com as esperança de um dia encontrar.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dona das palavras








Para minha amiga Pri.


Ela é a dona das palavras.
Põe coerência onde não tem coesão
Denota o conotativo
Se expressa através da semântica perfeita
Na figura de linguagem, a figura da palavra
Na subjetividade, a objetividade
No explícito, o implícito.

 
Cada fato um caso,
Cada caso um fato

 
Decerto, ela disserta
Sobre a vida
Sobre o mundo
Sobre quem ela ama...


...Ela é a dona das palavras...


segunda-feira, 16 de junho de 2008

Escola


Hoje o dia nasceu para ser feliz !



Acordo as seis da manha,
é mais um dia começando
Plena segunda-feira,
e o sol mal se levantou
só mesmo os amigos
para me fazer rir num dia desses



Segunda de manha

Acordo as seis da matina


atrasada


uff!


corro atras do onibus...

Pela rua me deparo com
um casal de apaixonados - ah, fala sério ! o sol ainda nem nasceu !
(risos)
o cachorrinho da vizinha vem correndo atrás
"ei! voce nao pode vir comigo!"
Ele para e me olha triste, mas logo esquece e corre para longe




Na escola, a galera
Mas... ops,
O portao está fechando!


"espeeeeeera tioo!"



Na aula, o caos se instala,
Papel voando nas costas da professora de geografia
Estojo em cima da cortina
Muita conversa e escandalosas risadas

Ir para a escola é coisa engraçada



Só espero que todos os dias sejam tao bons como esse.



sexta-feira, 25 de abril de 2008



 

Coisas de Avô




Sempre que eu visito meus avos japoneses, o meu lado “Japão” de ser se aflora, e aquela vontade de saber mais sobre a cultura em questão cresce.
Da ultima vez que eu os vi foi em um sábado, véspera de feriado. Tempo nublado, com chuva esporadicamente e aquele ventinho frio que faz com que a gente não saiba se abre ou fecha a janela do carro (se fecha da calor, se abre o cabelo fica desarrumado);porem, nada impedia que a minha curiosidade superasse o clima.
A viagem se revelou boa e entre sonecas e períodos despertos, logo os sessenta minutos que separam nossas casas passaram rapidamente.
Chegando la, a recepção calorosa fez com que o restinho da timidez (que alias é o meu forte) se esvaísse. Comida farta (como sempre) e eu me segurando pra comer com parcimônia, afinal estava de regime – que sempre fica de lado quando se vai AA casa da vovô.
Enfim chegara a hora de matar a curiosidade e ouvir as historias do ditchian. ”O vô... como era mesmo a historia do pêssego gigante?!”
-Ah, a historia do momotaro san?
-Essa mesma vô – e assim se passava a tarde.
O engraçado de tudo, é que quando vovô se empolga, conta vinte vezes a mesma coisa de pontos de vista diferentes e por mais que a gente saiba a historia, esta contada pelo avo nunca perde a graça.
-Vô, como se escreve o meu nome em japonês? E assim oh?
- Aham.
- E o sobrenome, sem ser o japonês, o Ramalho
-Ramario?
-Não vô, é R A M A L H O
- Hein?
E as risadas correm soltas. Coisas de avos; o tempo vai passando e a gente já não é mais o que era antes. Talvez por ter perdido meu outro avo eu aprendi a valorizar cada minuto que passamos com pessoas que para nos se tornam especiais.
-Um dia ainda vou saber contar a historia do momotaro san tão bem quanto você vô !
-(Risos).

sábado, 8 de março de 2008

1 litre of tears




Na linha, do outro lado da tristeza
Dizem que há um sorriso
Assim que chegarmos lá
O que nos espera?




Não por fugir
Mas por buscar um sonho
É que eu parti
Naquele dia de verão





Se enxergasse o amanhã
Não estaria suspirando, mas
Como um barco na correnteza
Agora sigo em frente




Quando se apagarem as nuvens de chuva
Brilhará a rua molhada e
Apenas a escuridão ensina que
A forte, a forte luz pode nos fazer
Com força seguir em frente


-K

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Meu nome é Maria




Eu tenho um nome

Um nome de gente

Gente rica, gente pobre

Famoso, indigente


Maria


Como metade do Brasil

Maria das Dores


das dores?


E eu me perguntava como podia ser das dores

se eu nem sabia o que era dor


Dor minha filha? -dizia minha mãe


é aquilo que alguns pensam ser castigo

outros, consequencia


Consequencia?


-é, consequencia de nossos atos


Mas como eu posso ter um nome desses

se a única coisa que eu fiz foi

NASCER!


-é assim mesmo filha, o mundo não faz sentido

Muitos tëm o que não querem

E outros querem o que não tem

A gente se acostuma


É estranho, mas até hoje

não entendi muito bem o porque do "das dores"...

Talvez seja para explicar

um fato,

um ato

Que as pessoas fazem quando ficam grandes...


Grandes o suficiente para entender
o que é a dor...